A aldeia da Beirã é a sede da freguesia com o mesmo nome. É na aldeia que se encontra a estação de comboios que outrora serviu o concelho e era a estação transfroteiriça entre Portugal e Espanha.
Origem do nome Beirã
E o século XIX ia correndo e a construção da linha de caminho de ferro ia andando e o D. João da Câmara ia dirigindo trabalhos da construção do troço da via “Castelo de Vide - Beirã” e a Emilinha ia sofrendo de amores... por quem?...
E chegou o dia da festa, da ceia, para a comemoração das bodas do “velho” Patacas. A festa foi na sua casa, em Santo António, e a festa era só para os “velhos”, para os amigos e compadres do Patacas e da “velha” Emília - pois era... e a Emilinha não podia assistir... ainda não era “velha”...
À ceia foi servido um rico cozido em que não faltava a saborosa farinheira e até o compadre Porfírio lembrava ao compadre Patacas - se é para mim, compadre, carregue na farinheira...
E qual o vinho que foi servido?
O “velho noivo” Patacas fez questão que o vinho fosse o da sua propriedade, da “Beirã”, que ele tinha à beira do ribeiro que a atravessa e onde ele cultivava, com todo o carinho, uma vinha.
É curioso que essa propriedade foi mudando de donos, mas o seu nome, esse nunca mudou, e é o que consta no seu registo predial - Beirã.
À sua volta foi crescendo uma aldeia em função do desenvolvimento que o caminho de ferro com todas as suas estruturas, ia exigindo. A partir de uma pequena propriedade - a Beirã - nasceu uma bonita aldeia - a Beirã.
Fonte: Maria Rosado Catarino (nascida na casa que o “velho” Patacas tinha na Beirã) 10 de Abril de 2006